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2015foto e texto: Bernardo Rebello
O posicionamento de Eduardo Prado sobre o Brasil do final do século XIX era antiamericanista. Ele acreditava que a recém proclamada República do Brasil iria rumo ao caos, caso acreditasse nas promessas de apoio e proteção dos estados Unidos, país em ascensão na época. Segundo Prado, além de capitalistas imorais, os norte-americanos eram oportunistas e não pretendiam fazer concessões a ninguém, a menos que obtivessem vantagens para isso.
Eduardo Prado não era antirrepublicano, ele até acreditava que havia vantagens na República. Membro da elite cafeicultora dessa época, Prado recebeu críticas, por se posicionar contra os estados Unidos, porque acreditavam que ele temia perder o prestígio e a vantagens que ele, assim como vários membros de sua classe social na época, obtiveram na monarquia. Em contrapartida, as críticas que Prado escreveu em seu livro A Ilusão Americana deixam claro porque os Estados Unidos não deveriam ter credibilidade na América Latina.