Alerta en Brasil por un brote de fiebre amarilla en Río de Janeiro

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La justicia investiga a más de la mitad de los legisladores brasileños

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Las empresa españolas, en busca de El Dorado brasileño

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La pesada dueda de Neymar

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La Cámara de Diputados de Brasil expulsa a Eduardo Cunha

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El Senado Brasileño acaba con la presidencia de Dilma Rousseff

 

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Rousseff intentará que el Supremo anule el juicio por la parcialidad de los senadores

 

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Dilma, la última batalla

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Rousseff: “Lucho por la democracia y la verdad, no por aferrarme al poder”

 

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Fernando Collor “Dilma Roussef no tiene ninguna posibilidad de ganar en el Senado”

 

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José Eduardo Cardoso

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El Partido de Rousseff denuncia el processo de destituición ante la OEA

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Marcaná, blindado por 3.500 soldados

Maracana

Una ceremonia “low cost” que reivindicará el mestizaje

 

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Rousseff pierde apoyos en el PT a un mes de ser juzgada

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Sin acuerdo de paz en las favelas

 

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La “inhabitable” Villa Olímpica

Villa Olimpica

As raízes da Revolução Brasileira

publicTexto e imagem: Bernardo Rebello

 

No excerto “Nossa revolução”, retirado de Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda, há uma interpretação da realidade de transformações sociopolíticas brasileira nas décadas posteriores à Proclamação da República. No texto, o autor afirma que havia, no Brasil, uma diferença substancial entre o elevado nível de cobrança do Estado, inspirado ainda pelo período do Império e pelas práticas mais respeitadas no mundo, e a capacidade de os cidadãos do país praticar, compreender e obedecerem esse elevado padrão de conduta importado de outras nações.

Historicamente, segundo o autor, o Estado brasileiro procurava formar a opinião de que era um “gigante cheio de bonomia superior” em relação a todas as nações. Esse comportamento, também reproduzido em âmbito interno, favoreceu a formação do país, no que concernia a suas características pacíficas, solícitas, garbosas e não intervencionistas. No entanto isso gerou ilusões e enganou o povo brasileiro, incapaz de interpretar, de maneira razoável, os fatos políticos. Encantados e paralisados por tudo aquilo que não compreendiam, os cidadãos eram manipulados por um Estado com características altaneiras que, além disso, negava as manifestações genuinamente brasileiras.

A vitória do processo revolucionário brasileiro, iniciado com a Proclamação da República, segundo o autor, seria concluída apenas após o fim das práticas personalistas e aristocráticas brasileiras, típicas da velha ordem colonial e patriarcal do Império. Nem a aplicação de leis ou de regulamentos de virtude provada nem a substituição dos detentores do poder público, ambas saídas encontradas pelos reformadores brasileiros, poderiam solucionar os problemas advindos desse arcaísmo na sociedade brasileira da época.

O requinte e o deboche no Realismo brasileiro

Ensaio Geral - Brasília

Ensaio Geral – Brasília

 

texto e imagem: Bernardo Rebello

Tanto Machado de Assis como Lima Barreto preocupavam-se em analisar, profundamente, o Brasil. As denúncias de aspectos falhos na formação do país, das suas elites, que também repercutiu no pensamento das camadas sociais mais privilegiadas , são características comuns em ambos. O egoísmo, a mesquinhez e o pouco apreço à cultura são constantes nas tramas literárias desses autores, independentemente das classes sociais abordadas.

Os recursos literários utilizados por ambos é um fator que explicita as diferenças desses representantes do Realismo. Em Machado, verifica-se um estilo requintado, fiel ao uso formal da língua, construtivo e enigmático. Lima Barreto, de outra forma, caracteriza-se pela agressividade e pelo coloquialismo de sua linguagem. Este escreveu conforme seu interesse, foi autêntico e debochado, morreu alcoólatra em um asilo, aquele tornou-se o escritor mais reconhecido do Brasil, conselheiro das elites, membro da Academia Brasileira de Letras. Ambos alcançaram a imortalidade na literatura.

A crise, a educação e a possibilidade de oportunidades

 

texto e imagem: Bernardo Rebello

O contexto de crise mundial iniciou-se em 2008, nos Estados Unidos, e é observado atualmente, no Brasil. A crise do capitalismo é resultado de confrontos de culturas distintas e da ganância dos mais ricos. A disputa pelo poder, a incapacidade sistêmica de fornecer empregos à população crescente e a desigualdade de renda, concentrada sob o domínio seleto dos grandes financiadores do desenvolvimento mundial, são fatores preponderantes no desencadeamento da atual conjuntura. É preciso que as principais lideranças do mundo se conscientizem de que é necessário um crescimento mais sustentável, com menos conflitos, mais distribuição de renda e, principalmente, mais educação.

A abertura descontrolada de créditos hipotecários para cidadãos de baixa renda, nos Estados Unidos, com uma legislação de pouco controle desses financiamentos, expôs ao mundo os riscos sistêmicos à economia global do comprometimento de altos investimentos sem que haja garantias de liquidez. A ilusão de adquirir um imóvel, gerada pela ganância de capitalistas, levou os pobres à ruína financeira, desempregou funcionários de bancos que faliram com a crise, concentrou a renda das primeiras parcelas hipotecárias sob o domínio desses especuladores e desencadeou um processo de crise global. Os efeitos dessa chamada “bolha financeira” desdobraram-se em manifestações políticas em diversos continentes e desencadeou um processo de mudança, mesmo em países mais conservadores, como são os do norte da África.

No Brasil, a crise instalou-se com a insegurança gerada pelas impactantes mudanças no contexto internacional contemporâneo. Os abalos na União Europeia, a primavera árabe, os conflitos no Oriente Médio e o arrefecimento do crescimento chinês são exemplos das mudanças que ocorrem em âmbito internacional e que incapacitaram o governo brasileiro para combater a inflação, sem atrapalhar a produção de bens e de serviços. Em decorrência disso, o Governo começou a colocar em prática, em 2014, uma série de políticas anticíclicas que tinham o objetivo de proteger a economia doméstica.

O aumento do déficit primário, consequência dessas políticas, descapitalizou o Governo e prejudicou a continuação dos investimentos públicos sociais no país, o que contribuiu para o aumento da quantidade de manifestações públicas de protesto em 2014 e em 2015. Somado a isso, a crise política desencadeada pela corrupção na PETROBRÀS, o aumento na cotação do dólar, os crescentes índices de desemprego e o baixo consumo doméstico foram sinalizadores de que as mudanças mundiais demandam mais atenção por parte dos brasileiros. É difícil saber se a situação brasileira estaria diferente caso a “bolha financeira” não tivesse desencadeado a crise global, o fato é que, quando se atinge a liderança de qualquer movimento, sua ideologia é questionada.

As diferenças das mudanças que ocorrem no mundo em relação à crise do Brasil é que, por ser um país privilegiado no que concerne a sua posição e dimensão geográfica, seu comportamento pacífico e suas reservas naturais, o país ainda tem a capacidade de gerar muita esperança para seus nacionais. O governo brasileiro não é belicoso, é conhecido por sua parcimônia e capacidade de encontrar soluções pacíficas e consensuais. O país possui dimensão continental, baixo nível demográfico e é detentor de uma das maiores reservas naturais do planeta. Essas riquezas e características são valiosas em uma sociedade que tem a intenção de promover mudanças que visem a um desenvolvimento mais sustentável.

O compromisso em satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer as possibilidades das gerações futuras, é o ideal e princípio renomado do “desenvolvimento sustentável”, conceito registrado pel primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. Não há como aproximar-se desse ideal em um mundo que não preze pela divisão mais equânime de suas riquezas, que não ofereça oportunidades de capacitação profissional a seus habitantes e em que países ainda resolvam seus conflitos de interesse pela guerra e violência. Com a revolução tecnológica e sua democratização do conhecimento, o poder político nunca antes possuiu maiores possibilidades de fazer frente ao financeiro.